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Vínculo

Sobre A AutorA

POR QUE NÃO A UNIÃO

Diane Nascimento

Por que não a união

 “Pensamos na criação de uma página como ferramenta importante no processo de publicização do coletivo , como também um espaço importante para socializarmos matérias/notícias/atividades relacionadas à temas relacionados às questões das mulheres negras”, expõe o coletivo Café das Pretas, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).  Enquanto por um lado há uma crescente dissipação do uso da internet em prol de determinados grupos, do outro há uma invisível, porém esmagadora, quantidade de discursos de ódios.       

  Seja no Brasil ou em outro lugar do mundo, isso é resultante de um processo histórico que vez ou outra faz questão de dar as caras e disparar ainda mais desigualdade. É uma sociedade 1984, que controlada pela tecnologia, dita a todo momento opressão às minorias. Basta saber se ela será acatada ou não.

 Em momentos como no processo de Impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016, por exemplo, houve uma divisão partidária entre aquelas que eram pró e contra o ato. Foi possível vivenciar um confronto ideológico, nas ruas e nas redes, tornando o diálogo uma prática inexistente. Isso afetou o país todo, incluindo crianças.

 São manifestações assim que entra em pauta os limites entre a liberdade de expressão e os discursos em si, nos momento em que apenas ter uma opinião divergente, os disseminadores destas falas se sentem permitidos a gerar este ciclo de intolerância. Para o coletivo, “o discurso de ódio não é um direito, ele é direcionado geralmente a grupos considerados minoritários com a intenção expressa de inferiorizar ou incitar violência contra esse grupo, baseado em características de gênero, raça/etnia, orientação sexual ou qualquer outra característica ou condição não hegemônicas”.  

  E isso não está enraizado apenas no Brasil. A última eleição americana é um outro exemplo. Donald Trump, eleito em 9 de novembro de 2016, é uma figura polêmica e, sempre expondo as suas opiniões na mídia, provoca a diversos grupos muito específicos, dando voz e aval para que tais discursos se propagam. É o caso desta imagem, divulgada em uma rede social. A esquerda, uma foto que faz alusão ao muro do presidente, uma das principais campanhas eleitorais. Para Trump, a criação de um muro entre os Estados Unidos e o México é a melhor solução para a imigração. Já a direita, um recado que diz “Trump ganhou então.... Aqui está uma pequena antecipação do que está por vir”.

O DISCURSO DE ÓDIO NÃO É UM DIREITO

 Atingindo inúmeras pessoas, os compartilhamento segue num novo ciclo de ódio gratuito. Além disso, pessoas que fazem parte de comunidades que muitas vezes são criadas para incitar isso e, sem nem se conhecerem, criam um vínculo e se dispõem apenas para atingirem o outro.

 

 

Fora das redes      

 Os reflexos da redes sociais se baseiam no que é visto no mundo fora da internet. Desde 1945, quando a maior expressão disso fez com que 50 milhões de pessoas fossem mortas e aproximadamente 35 milhões feridas, só por não fazerem parte

de uma raça ariana. Hoje, ainda morrem diariamente os excluídos. Em 2016, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado sobre o Assassinato de Jovens, divulgou que há basicamente uma guerra civil dentro do Brasil. Dentre as mais de 50 mil pessoas que anualmente são assassinadas, cerca da metade são jovens de 16 e 17 anos. Não obstante, 93% são homens, e quando estes são negros, morrem três vezes. Arma de fogo? Usada em mais de 80% dos casos. É a casa grande e senzala que está até hoje no cotidiano.

  Devido a tal histórico, os discursos se propagam na internet, insuflando essa realidade. É um uso patológico da internet que está ali, disponível a todo e qualquer momento, para promover o que deveria ser combatido. Só a Safernet Brasil recebeu 3.060.502 denúncias anônimas no qual envolvia 520.067 páginas distintas.

  Mas aqui não tem esse problema não. Aqui é o país do futebol, do samba, do carnaval. Só há pessoas calorosas”. Qual é o brasileiro que nunca ouviu isso? Acontece que mais habitual ainda é mostrar um discurso mascarado. É falar, mas em forma de piada. É dizer anonimamente. É ferir, mas como forma de liberdade de expressão.

Gráfico criado a partir de dados disponíveis no site da Safernet. Para saber mais, acesse http://indicadores.safernet.org.br/

Eu entrei dentro do meu quarto e meu coração doeu” – Imagem divulgada numa rede social

DIANE NASCIMENTO

IMAGEM DIVULGADA EM UMA REDE SOCIAL

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