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PAIXÃO POR FAMOSOS EM

TEMPOS VIRTUAIS

Larissa Zapata

Excesso

famosos

Sobre A AutorA

  Em tempos de internet, é cada vez mais fácil ser fã de alguém. Mais fácil ainda é fazer loucuras com a ajuda de toda a tecnologia disponível e ainda ganhar visibilidade nas mídias ao mesmo tempo.

   Esse é o caso de quatro jovens que acamparam na fila do show do cantor Justin Bieber em São Paulo e como elas se mantiveram é o mais impressionante: elas foram mantidas pelo amor ao astro, contato via celular com as famílias e recebendo informações do ídolo 24 horas por dia por meio dos fã clubes (ou fandoms) que as trataram com prioridade para acessar informações há cada novidade que o cantor pop disponibiliza em suas redes sociais e notícias recentes. “Os fã clubes dele no Twitter nos ajudam, eles descobrem as coisas, descobrem informações de tudo e contam para a gente”, contou Nathalia, a mais nova das meninas que tem apenas 15 anos.   Mas até que ponto uma pessoa consegue ir por 

                                         alguém que pode vir a nunca conhecê-la?

   O tempo gasto na fila, além de ser uma dedicação, ganha uma dedicação extra e abusiva no tempo livre dessas pessoas. A dedicação à fã clubes pessoais, que podem ou não dar certo, é uma motivação dessas meninas para que o ídolo seja agradado e esse tempo todo gasto em mídias e até mesmo na fila, ainda não é algo bem visto principalmente pelos pais das mesmas.

 O amor excessivo fez com que duas meninas, Amanda e Mariana, de 17 e 16 anos respectivamente, saíssem de casa sem dinheiro para voltar e assim esperar até o dia do show. Para manter a comunicação e conseguir avisar seus pais sobre o como estão, contam com ajuda de pessoas que periodicamente retornam para suas casas, antes de  voltar para a fila mais uma vez e assim conseguem recarregar seus aparelhos. Priorizam sua estadia em barracas com comunicação via internet, do que o conforto de seus lares para esperar até o dia.

   Sobre a necessidade que algumas pessoas têm em demonstrar seu amor e passar horas na internet, Marina Scherer, 20, youtuber iniciante e estudante de jornalismo, acredita que tudo tem um limite e o respeito pelo ídolo é o mais importante, principalmente quando se trata da vida privada e não da vida pública das pessoas que possuem fama.

   “Acho que quem recebe esse carinho deve gostar muito! Eu por exemplo gosto muito de carinho, mas acho que isso (de gostar muito) é mais no começo. Já encontrei pessoas que sou muito fã na rua, com sacolas de compras de mercado e preferi não incomodar porque aquilo era um momento dela”, contou Marina.

MINHA MÃE ACHA QUE PASSO MUITO TEMPO NA INTERNET COMPRANDO COISAS PARA ELE

 Sem contar as inúmeras horas gastas em frente a um computador para a compra dos ingressos, correndo o risco dos mesmos esgotarem após horas de espera, outro ponto importante da tecnologia como influência da dedicação dessas pessoas, está em um ponto um pouco mais complicado e que inclui um fator imprescindível. A compra virtual está cada vez mais difícil devido à alta demanda e facilidade para efetuar a aquisição. Em meio a uma crise, os e-commerces  crescem cada vez mais com compras virtuais, a fim de ter algo parecido com o dos influenciadores ou até mesmo para ter os produtos oficiais vendidos 

apenas na internet ou no dia dos shows, com lucro revertido para o próprio ídolo.

   Amanda, argumenta que mesmo longe de casa e sem ter como voltar até o dia do show, tem com o que usar o próprio dinheiro. “Minha mãe acha que eu passo muito tempo na internet, comprando coisas por ele e para ele, se eu tivesse conseguido comprar pista premium, eu também gastaria em objetos e bichinhos para jogar no palco para ele.”

  Até mesmo os novos influenciadores que estão surgindo, possuem uma opinião e história para contar sobre sua relação com ídolos e internet.

Marina conta que não sabe se esse amor em excesso é saudável ou não. Defende que é uma coisa que fazemos diariamente até mesmo com pessoas que não exercem grande importância ou que a influenciam diretamente, dizendo que “fuçar a vida” das pessoas no Instagram, por exemplo, é algo que lhe agrada e que gostaria que acontecesse quando tivesse maior influência nas redes.

  Quando se trata das loucuras que Marina já fez, ela mencionou: “quando eu era mais nova eu cheguei a ficar 20 horas na frente de hotel, aeroporto esperando para ver o McFly quando eles vinham para cá. Cheguei a acompanhar o voo deles pela internet, descobria tudo acordo com a cidade que eles estavam, desde a hora que iriam chegar até para saber se estava tudo bem com eles.”

   Sobre a mídia, as fãs na fila do show comentaram que já foram alguma vezes lá procurar por elas e entender a situação que estão passando. A vida que estão levando virou algo muito comentado em matérias publicadas em sites e divulgadas em redes sociais como o Facebook e Twitter, gerando divisão de opinião entre outros fãs que concordam com a atitude adotada  e pessoas que consideram um absurdo e perda de tempo.

para o Youtube. Além dos próprios fandoms que são comunidades que recebem novas pessoas como se fossem uma “nova família”, que não é presencial mas sim digital e possuem grande receptividade quanto à assuntos pessoais de cada pessoa e que por se identificarem, um acaba ajudando o outro.

  É necessário certo equilíbrio para que a loucura não ultrapasse as próprias necessidades como qualidade de vida, estudos e saúde, mas também não deixa de ser normal que exista certo amor por algum ídolo, é uma situação que a maioria dos adolescentes passam e levam as experiências para toda a vida. A dosagem entre o platônico e a normalidade é o que mais deve ser levada em conta para se manter perante à tantas coisas que já existem durante um dia a dia normal.

   Alguns veículos grandes foram atrás de mostrar com forma de descontração e outros com uma forma mais séria de linguagem, mas fizeram questão de mostrar aquela situação e geraram uma grande visibilidade para as meninas.

   Os próprios pais das meninas consideram uma perda de tempo tudo o que estão passando, apesar disso as deixam livres para que façam aquilo que quiserem, inclusive as menores de idade que abandonaram estudos para essa “nova vida”.

   Quando vistos os influenciadores digitais, é comum que estejam ganhando cada vez mais abertura para incentivar pessoas e ajudá-las muitas vezes em questões que muitas vezes escondem dos próprios pais e famílias, mas que se sentem confortáveis em compartilhar com as pessoas que ocupam parte de seu tempo virtualmente, sendo em sites, blogs, ou vídeos 

Larissa Zapata

Larissa Zapata

Larissa Zapata

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